Resumo
Este estudo pretendeu refletir sobre o conhecimento e a importância que as vivências, as práticas e as atitudes têm em pessoas com mais de 80 anos. Foi realizada uma entrevista a uma pessoa idosa de 81 anos que frequenta uma universidade sénior. O protocolo desta investigação pressupõe uma entrevista semiestruturada com 38 questões orientadas e curtas e duas perguntas abertas, que englobam os seguintes domínios: práticas, atitudes e vivências das pessoas longevas, que compreendem, de certa forma, as conceções acerca da sua qualidade de vida, sendo precedida por uma abordagem qualitativa e a análise de conteúdo de Bardin. Verificou-se que relativamente às questões elencadas a alimentação, a prática de exercício físico, a inserção em grupos familiares e sociais foram fatores protetores relativos à manutenção de um estilo de vida mais saudável e à longevidade. Esta prevalência e consciencialização nas respostas dadas levam-nos a concluir que a escolaridade, maior capacidade financeira, fortes laços familiares e a participação em grupos sociais (universidade sénior) contribuíram para a manutenção de um envelhecimento saudável e ativo. Não foram detetados comportamentos que pudessem comprometer a saúde do utente e foram denotadas características de conhecimento abrangente sobre literacia em saúde. O estudo das práticas, vivências e atitudes dos idosos em muito são tradutores do seu atual estado de saúde e do seu envelhecimento ativo. As políticas públicas de envelhecimento ativo que têm sido abordadas contêm alterações/sugestões que podem operacionalizar o conhecimento e a literacia das pessoas idosas tornando-as mais ativas e participativas na sociedade.
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