O impacto na qualidade de vida dos cuidadores informais de pessoas com demência: o projeto vamos "sentir, estimular e autonomizar a vida"
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Palavras-chave

idoso
demência
qualidade de vida
cuidador informal
serviço social

Como Citar

Fernandes, I., Marques, E., Guerra, R., Ferreira, A., Rodrigues, C., Ramos, E., … Monteiro, M. (2024). O impacto na qualidade de vida dos cuidadores informais de pessoas com demência: o projeto vamos "sentir, estimular e autonomizar a vida". RIAGE - Revista Ibero-Americana De Gerontologia, 6, 476 – 485 . https://doi.org/10.61415/riage.324

Resumo

Portugal é um país envelhecido com grande evidência a nível do interior de Portugal, onde o declínio populacional se revela um desafio premente. O aumento da incidência das doenças neurológicas, nomeadamente as demências e as diversas comorbilidades associadas condicionam estados de dependência bastante significativos o que exige bastante do cuidador informal. Estes necessitam de ajuda e apoio da parte dos profissionais de saúde, no sentido de facilitar a assunção do seu papel, com a menor consequência possível para o seu estado de saúde e qualidade de vida.  O projeto VAMOS centra-se nas faixas da população mais vulneráveis e carenciadas, procurando melhorar a qualidade de vida e a autonomia das pessoas com demência e oferece apoio aos cuidadores informais, reconhecendo a importância do seu papel, proporcionando-lhes o Kit do Cuidador Informal e desenvolvendo ações de capacitação. O principal objetivo deste estudo foi avaliar o impacto do Projeto Vamos, que decorreu entre novembro de 2022 e julho de 2023, bem como analisar os resultados alcançados e a eficácia das intervenções, nos cuidadores informais das pessoas com demência. A metodologia seguiu uma abordagem quantitativa com aplicação do questionário WHOQOL – Bref a 15 cuidadores informais, utilizando os softwares MS Excel 2021 e IBM SPSS Statistics versão 28. Conclui-se que os cuidadores informais beneficiaram das intervenções delineadas com o projeto, verificando-se melhorias na perceção que têm da qualidade de vida e possibilitando a partilha do Plano Individual de Cuidados, permitindo uma maior capacitação para a prestação de cuidados e, consequente, satisfação das necessidades identificadas.

https://doi.org/10.61415/riage.324
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