Resumo
OBJETIVO: Avaliar o impacto da idade na avaliação multidimensional da pessoa idosa de Araras/SP/Brasil. MÉTODO: Estudo multicêntrico, analítico e quantitativo realizado em Araras/ São Paulo/ Brasil com pessoas idosas de idade igual ou superior a 60 anos e capacidade cognitiva para responder o questionário. Foram utilizados: Mini Exame do Estado Mental (MEEM), Fragilidade de Edmonton (EFE), Lawton e Brody e Vulnerable Elders Survey - 13 (VES-13), Os dados foram categorizados e analisadas no SPSS (versão 23) de forma descritiva e inferencial (Qui Quadrado; p-valor<0,05). Aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa (parecer nº 4.393.230). RESULTADOS: Amostra de 185 pessoas idosas, sendo 52.43% idosos jovens, 32.43% medianamente idosos e 15.14% idosos considerados longevos. Do total, 68.10% apresentam algum déficit cognitivo e dos idosos longevos, 85.71% apresentam algum déficit cognitivo; 62.16% apresentam algum nível de fragilidade, 57.30% não são vulneráveis e 60.54% apresentam algum grau de dependência. Ao analisar o total de idosos longevos, 75.00% são considerados vulneráveis. Houve associação significativa entre faixa etária e cognição, fragilidade, vulnerabilidade e dependência (p<0,001). CONCLUSÃO: Na amostra é possível observar relação significativa em relação à faixa etária e avaliação multidimensional da pessoa idosa, principalmente nos idosos longevos. Pode-se inferir que com o avanço da idade, o indivíduo tende a estar suscetível aos agravos e portanto, é importante individualizar o cuidado e estabelecer condições dignas de saúde, para promover um envelhecimento ativo, melhor qualidade de vida e bem estar biopsicossocial.
Referências
Araújo Júnior, F. B., Machado, I. T. J., Santos-Orlandi, A. A. dos, Pergola-Marconato, A. M., Pavarini, S. C. I., & Zazzetta, M. S. (2019). Fragilidade, perfil e cognição de idosos residentes em área de alta vulnerabilidade social. Ciência & Saúde Coletiva, 24(8), 3047–3056. https://doi.org/10.1590/1413-81232018248.26412017
Beyene, M. B., R. Visvanathan, & Amare, A. T. (2024). Intrinsic Capacity and Its Biological Basis: A Scoping Review. The Journal of Frailty & Aging. https://doi.org/10.14283/jfa.2024.30
Costa, T. N. M., Nieto, J. P. de S., Morikawa, L. S., Araújo, A. V. S. de, Cardoso, A. A. M., Mafra, B. G., Eiró, M. do N., Santos, V. N. M. dos, & Costa, V. O. da. (2021). Analysis of Folstein’s Mini State examination in institutionalized and non institutionalized elderly people. Brazilian Journal of Health Review, 4(2), 8319–8336. https://doi.org/10.34119/bjhrv4n2-357
Fabrício-Wehbe, S. C. C., Schiaveto, F. V., Vendrusculo, T. R. P., Haas, V. J., Dantas, R. A. S., & Rodrigues, R. A. P. (2009). Cross-cultural adaptation and validity of the “Edmonton Frail Scale - EFS” in a Brazilian elderly sample. Revista Latino-Americana de Enfermagem, 17(6), 1043–1049. https://doi.org/10.1590/s0104-11692009000600018
Francisco, P. M. S. B., Assumpção, D. de, Bacurau, A. G. de M., Neri, A. L., Malta, D. C., & Borim, F. S. A. (2022). Prevalence of chronic diseases in octogenarians: data from the National Health Survey 2019. Ciência & Saúde Coletiva, 27, 2655–2665. https://doi.org/10.1590/1413-81232022277.22482021EN
Ferretti-Rebustini, R. E. de L., Lucchesi, P. A. de O., Alves, W. da S., Rojas-Rivera, A., Silva, D. F. da, Ribeiro, J. B., & Simões, L. C. F. (2024). Multidimensional frailty assessment tools for use in the care of older adults with cardiovascular disease. Revista Enfermagem UERJ, 32(1), e82186. https://doi.org/10.12957/reuerj.2024.82186
Gratão, A. C. M., Talmelli, L. F. da S., Figueiredo, L. C., Rosset, I., Freitas, C. P., & Rodrigues, R. A. P. (2013). Functional dependency of older individuals and caregiver burden. Revista Da Escola de Enfermagem Da USP, 47(1), 137–144. https://doi.org/10.1590/s0080-62342013000100017
Jesus, I. T. M. de, Orlandi, A. A. dos S., Grazziano, E. da S., & Zazzetta, M. S. (2017). Frailty of the socially vulnerable elderly. Acta Paulista de Enfermagem, 30(6), 614–620. https://doi.org/10.1590/1982-0194201700088
Lawton, M. P., & Brody, E. M. (1969). Assessment of older people: self-maintaining and instrumental activities of daily living. The Gerontologist, 9(3), 179–186. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/5349366/
Lins, M. E. M., Marques, A. P. de O., Leal, M. C. C., & Barros, R. L. de M. (2019). Frailty risk in community-dwelling elderly assisted in Primary Health Care and associated factors. Saúde Em Debate, 43(121), 520–529. https://doi.org/10.1590/0103-1104201912118
Lourenço, R. A., & Veras, R. P. (2006). Mini-Mental State Examination: psychometric characteristics in elderly outpatients. Revista de Saúde Pública, 40(4), 712–719. https://doi.org/10.1590/s0034-89102006000500023
Luz, L. L., Santiago, L. M., Silva, J. F. S. da, & Mattos, I. E. (2013). First stage of the cross-cultural adaptation of the instrument The Vulnerable Elders Survey (VES-13) to Portuguese. Cadernos de Saúde Pública, 29(3), 621–628. https://doi.org/10.1590/s0102-311x2013000300019
Marques, G. C. S., Rodrigues, J. S., Rodrigues, S. G., Souza, M. R. de, Barros, P. de S., & Borges, C. J. (2018). Professional Nurses: Skill and abilities to a multidimensional evaluation of elderly people. Revista Kairós-Gerontologia, 21(2), 307–326. https://doi.org/10.23925/2176-901X.2018v21i2p307-326
Organização Mundial da Saúde (OMS). (2022). Envelhecimento e saúde. https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/ageing-and-health
Pereira, Letícia, F., Leite, Andrey, F., Bonfada, D., & Lucena,. (2020). Prevalence and associated factors to the cognitive deficit in community-dwelling elderly. Revista Brasileira de Geriatria E Gerontologia, 23, e200012. https://doi.org/10.1590/1981-22562020023.200012
Rolandi, E., Rossi, M., Colombo, M., Pettinato, L., Del Signore, F., Aglieri, V., Bottini, G., & Guaita, A. (2024). Lifestyle, Cognitive, and Psychological Factors Associated With a Resilience Phenotype in Aging: A Multidimensional Approach on a Population-Based Sample of Oldest-Old (80+). The Journals of Gerontology, Series B: Psychological Sciences and Social Sciences, 79(10). https://doi.org/10.1093/geronb/gbae132
Salinas-Rodríguez, A., González-Bautista, E., Rivera-Almaraz, A., & Manrique-Espinoza, B. (2022). Longitudinal trajectories of intrinsic capacity and their association with quality of life and disability. Maturitas, 161, 49–54. https://doi.org/10.1016/j.maturitas.2022.02.005
Silva, J. N. M. A. da, Leite, M. T., Gaviraghi, L. C., Kirsten, V. R., Kinalski, S. da S., Hildebrandt, L. M., & Beuter, M. (2020). Predicting dimensions of clinical-functional conditions and cognition in the elderly. Revista Brasileira de Enfermagem, 73(suppl 3). https://doi.org/10.1590/0034-7167-2019-0162
Siqueira, F. M., Castro, E. A. B. de, Carvalho, D. B. F., Trindade, G. S., Cruz, G. E. C. P., Mendonça, É. T. de, & Cavalcante, R. B. (2023). EXPERT SYSTEM MODELING FOR THE MULTIDIMENSIONAL EVALUATION OF AGED PEOPLE. Cogitare Enfermagem, 28. https://doi.org/10.1590/ce.v28i0.91029
Siqueira, F. M., Delgado, C. E., Carbogim, F. da C., Castro, E. A. B. de, Santos, R. C. dos, & Cavalcante, R. B. (2023). Multidimensional geriatric assessment in primary care: a scoping review. Revista Brasileira de Geriatria E Gerontologia, 26. https://doi.org/10.1590/1981-22562023026.230051.en
Slachevsky, A., Grandi, F., Thumala, D., Baez, S., Hernando Santamaria-García, Schmitter-Edgecombe, M., & Parra, M. A. (2024). A Multidimensional, Person-Centered Framework for Functional Assessment in Dementia: Insights from the “What”, “How”, “To Whom”, and “How Much” Questions. Journal of Alzheimer S Disease, 99(4), 1187–1205. https://doi.org/10.3233/jad-230376
Valle, A. P. do, Carvalho, T. C. de, Fonseca, A. R. B. da, Oyan, T. A., Bremenkamp, M. G., Boas, J. V. P. do V. V., & Boas, P. J. F. V. (2024). Intrinsic capacity as proposed by the World Health Organization and 30-month mortality among older adults in long-term care facilities. Geriatrics Gerontology and Aging, 18. https://doi.org/10.53886/gga.e0000110_pt