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Resumo
O fenómeno do envelhecimento populacional é uma tendência global que desafia as sociedades a adaptarem-se às crescentes necessidades da sua população idosa. A qualidade de vida (QV) é uma dimensão fundamental na avaliação do bem-estar humano e pode variar consoante fatores sociodemográficos como idade, sexo, escolaridade e estado civil. Compreender estas variações torna-se relevante em contextos como as ERPI’s e os Centros de Dia, onde a perceção de qualidade de vida pode influenciar significativamente a saúde e o bem-estar dos idosos. Este estudo tem como objetivo verificar as relações entre as variáveis sociodemográficas (sexo, estado civil e escolaridade) e a perceção de qualidade de vida (Geral, domínios físico, psicológico, relações sociais e ambiente). Recorre-se a uma metodologia quantitativa, descritiva, transversal e comparativa. O número de participantes é de 87 (n=42 para ERPI`s e n=45 para os Centros de dia) sendo na sua maioria mulheres, viúvas e com baixa escolaridade, com idades entre os 65 e 99 (M= 82,90; Dp= 7,50). Foram utilizados um questionário Sociodemográfico e o Whoqol-Bref. Os resultados obtidos demonstram que nas ERPI`s, viúvos e divorciados têm melhor perceção de Qualidade de Vida (QV). Já nos Centros de Dia, são os casados que percecionam ter melhor QV; os homens têm melhores relações sociais e, por último, quanto maior a escolaridade melhor a perceção de QV e dos domínios. Em suma, o estudo reforça a compreensão das relações sociodemográficas com a QV e a sua complexidade em ambas as respostas sociais, o que implica a necessidade de práticas e estratégias que respondam a necessidades especificas da população promovendo a QV.
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