Perceção de Risco de Queda de Pessoas Idosas em Ambiente Domiciliário: implicação para a promoção e educação em saúde
PDF

Palavras-chave

Percepção de Risco de Queda; Envelhecimento; Acidente por Queda; Prevenção de Quedas

Como Citar

Luz, A., Telles , J. L., & Oliveira Silva , A. L. (2024). Perceção de Risco de Queda de Pessoas Idosas em Ambiente Domiciliário: implicação para a promoção e educação em saúde: Perceção de Risco de Queda de Idosos no Domicílio. RIAGE - Revista Ibero-Americana De Gerontologia, 6, 382–391. https://doi.org/10.61415/riage.279

Resumo

Introdução: Um dos principais eventos que acometem a população idosa é a queda. Os julgamentos e avaliações das pessoas sobre os perigos a que estão ou podem estar expostas no seu ambiente são designados por perceção do risco. As perceções de risco orientam as decisões sobre a aceitabilidade do risco e é uma influência central nos comportamentos antes, durante e depois de uma queda. Material e Métodos: Estudo de abordagem qualitativa, exploratória e descritiva, com recurso à realização de entrevistas-semiestruturadas e aplicação de vinhetas numa amostra de conveniência. A análise de dados focou-se no método de análise de conteúdo, triangulada com os dados da entrevista e identificação dos riscos, tendo por base as situações nas vinhetas. A amostra contou com 10 pessoas idosas com idade média de 75,4 anos, sendo a maioria do sexo feminino e todos história de quedas anteriores, à exceção de uma pessoa idosa. Resultados: A codificação e a interpretação dos dados resultaram em três categorias temáticas: “Um Corpo (In) Capaz de Ser Saudável”; “A Queda, Perceção do Risco e a Vulnerabilidade no Espaço de Vida” e por último, o “Ser Capaz de Agir no Espaço de Vida”. Discussão: A saúde assumiu o valor de uma capacidade, do desempenho da pessoa idosa num determinado ambiente. Conclusão: O estudo realçou a importância da abordagem educativa para a promoção da saúde e prevenção de quedas centrada na pessoa e no contexto e tendo por base as significações da pessoa idosa sobre o risco percebido em seu ambiente domiciliário.

https://doi.org/10.61415/riage.279
PDF

Referências

Alves T, Braz P, Rodrigues E, Mexia R, Neto M, Matias Dias C. EVITA: Epidemiologia e Vigilância dos Traumatismos e Acidentes: relatório 2022. Lisboa: Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA); 2024.

Valipoor S, Pati D, Kazem-Zadeh M, Mihandoust S, Mohammadigorji S. Falls in older adults: a systematic review of literature on interior-scale elements of the built environment. J Aging Environ. 2020;34(4):351–74.

Daré AC. A percepção do idoso do meio ambiente doméstico: um processo inclusivo. In: 7o Congresso Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento em Design, Curitiba, Paraná, Brasil, 9-11 Agosto, 2006. Curitiba: Universidade Positivo (Unicenp); 2006.

Tinetti ME, Speechley M, Ginter SF. Risk factors for falls among elderly persons living in the community. N Engl J Med. 1988;319(26):1701–7.

CEDRU. Estudo de avaliação das necessidade dos seniores em Portugal 2008: relatório final. Lisboa: Centro de Estudos e Desenvolvimento Regional e Urbano (CEDRU); 2008. 6.

Matias P. “Ageing in place”: solutions for elderly, Portugal. Espaços Construídos, Espaços Vividos. 2013;1(1):77–85.

Câmara Municipal de Lisboa. IIo Diagnóstico social de Lisboa 2015-2016. Lisboa: Rede Social Lisboa; 2016.

Lima ML. Contribuitos para o estudo de representação do risco: Parte I: A percepção de riscos e perigos. Psicologia. 1989;VII(3):325–50.

Slovic P. Perception of risk. Science (80- ). 1987;236(4799):280–5.

Vandervelde, S., Vlaeyen, E., de Casterlé, B.D. et al. Strategies to implement multifactorial falls prevention interventions in community-dwelling older persons: a systematic review. Implementation Sci 18,4(2023). https://doi.org/10.1186/s13012-022-01257-w

McClure RJ, Hughes K, Ren C, Mckenzie K, Dietrich U, Vardon P, et al. The population approach to falls injury prevention in older people: findings of a two community trial. BMC Public Health. 2010;10(1):e79.

Holmstrom I, Röing M. The relation between patient-centeredness and patient empowerment: a discussion on concepts. Patient Educ Couns. 2010;79(1):167–72.

Bardin L. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70; 1977.

Sandelowski M. Sample size in qualitative research. Res Nurs Health. 1995;18(2):179–83.

PORDATA. Salário mínimo nacional 2021 [Internet]. Lisboa: Fundação Francisco Manuel dos Santos; 2022.

Câmara Municipal de Lisboa. Boletim Municipal: aprovação dos Estatutos GEBALIS. Lisboa: Câmara Municipal de Lisboa; 2017.

Abdi S, Spann A, Borilovic J, de Witte L, Hawley M. Erratum: Correction to: Understanding the care and support needs of older people: a scoping review and categorisation using the WHO International Classification of Functioning, Disability and Health Framework (ICF) (BMC Geriatrics, 2019;19(1):195). BMC Geriatr. 2020;20(1):23.

Caldas CP. Envelhecimento com dependência : responsabilidades e demandas da família. Cad Saúde Pública. 2003;19(3):773–81.

Fried LP, Walston JD, Ferrucci L. Frailty. In: Halter JB, Ouslander JG, Tinetti M, Studenski S, High KP, Asthana S, editors. Hazzard’s geriatric medicine and gerontology. 6th ed. New York, NY: McGraw Hill; 2022. p. 1–22.

Nachreiner NM, Findorff MJ, Wyman JF, McCarthy TC. Circumstances and consequences of falls in community-dwelling older women. J Women’s Heal. 2007;16(10):1437–46.

Campbell AJ, Borrie MJ, Spears GF. Risk factors for falls in a community-based prospective study of people of 70 years and older. Journals Gerontol. 1989;44(4).

Luukinen H, Koski K, Hiltunen L, Kivelä SL. Incidence rate of falls in an aged population in Northern Finland. J Clin Epidemiol. 1994;47(8):843–50.

Nevitt MC, Cummings SR, Kidd S, Black D. Risk factors for recurrent nonsyncopal falls: a prospective study. JAMA. 1989;261(18):2663–8.

Ellmers TJ, Wilson MR, Norris M, Young WR. Protective or harmful? A qualitative exploration of older people’s perceptions of worries about falling. Age Ageing. 2022;51(4):1–10.

Cohen S, Bodstein R, Kligerman D, Marcondes W. Habitação saudável e ambientes favoráveis à saúde. Ciência Saúde Coletiva. 2006;12(1):191–8.

Aragonés JI, Rodríguez C. Percepción del self a través de la decoración de la vivienda. Medio Ambient y Comport Hum. 2005;6(1):89–100.

Letts L, Moreland J, Richardson J, Coman L, Edwards M, Ginis KM, et al. The physical environment as a fall risk factor in older adults : systematic review and meta-analysis of cross-sectional and cohort studies. Aust Occup Ther J. 2010;57(1):51–64.

Feldman F, Chaudhury H. Falls and the physical environment: a review and a new multifactorial falls-risk conceptual framework. Can J Occup Ther. 2008;75(2):82–95.

Albuquerque DS, Amancio DAR, Günther IA, Higuchi MIG. Contribuições teóricas sobre o envelhecimento na perspectiva dos estudos pessoa-ambiente. Psicol USP. 2018;29(3):442–50.

Bull FC, Al-Ansari S, Biddle S, Borodulin K, Buman MP, Cardon G, et al. World Health Organization 2020 guidelines on physical activity and sedentary behaviour. Br J Sports Med. 2020;54(1):1451–62.

American College of Sports Medicine. ACSM’s guidelines for exercise testing and prescription. 11th ed. Indianapolis, IN: American College of Sports Medicine (ACSM); 2021.

Koehler K, Drenowatz C. Integrated role of nutrition and physical activity for lifelong health. Nutrients. 2019;11(7):10–2.

Mckay H, Naylor PJ, Lau E, Gray SM, Wolfenden L, Milat A, et al. Implementation and scale-up of physical activity and behavioural nutrition interventions: an evaluation roadmap. Int J Behav Nutr Phys Act. 2019;16(1):1–12.

M, Hendry GJ, Woodburn J, Skelton DA. ´Feet are second class citizens`: exploring the perceptions of Scottish and Portuguese older adults about feet, falls and exercise: a qualitative study. J Foot Ankle Res. 2020;8(1):1–11.

Aplin T, de Jonge D, Gustafsson L. Understanding the dimensions of home that impact on home modification decision making. Aust Occup Ther J.2013;60(2):101–9.

Downloads

Não há dados estatísticos.