Resumo
A escassez de pessoal em instituições de saúde é uma preocupação crescente, refletida na elevada percentagem de dias sedentários entre adultos mais velhos. Conhecendo os benefícios da atividade física e cognitiva para a saúde e qualidade de vida, a plataforma Actif surge como uma solução inovadora para enfrentar esse desafio. Assim, propusemos avaliar a implementação da plataforma Actif na ERPI ASAS TAP durante um mês, comparando-o com o mês anterior, e analisando os seus benefícios.
A análise comparativa entre os dois períodos de estudo revelou um aumento de 21% no número total de atividades realizadas durante o segundo mês. Embora as atividades desportivas tenham aumentado em 26% no segundo mês, o maior crescimento foi observado nas sessões de estimulação cognitiva. Estas sessões apresentaram um notável crescimento relativo percentual de 953%, sendo a plataforma Actif responsável por 95% dessa tipologia.
Globalmente, verificou-se um incremento na participação em atividades no 2º Mês, com 66,2% dos residentes a envolverem-se mais ativamente. Os resultados positivos foram corroborados pelo feedback dos participantes, sendo a maioria das sessões reportadas como "fantástica". Além disso, observou-se que as atividades propostas pela Actif se mostraram mais alinhadas com os interesses dos residentes, tendo conseguido envolver pessoas que normalmente não participam nas atividades dinamizadas na instituição, com aumentos significativos variando de 20% a 600%.
A plataforma Actif emerge assim como uma ferramenta valiosa na promoção da saúde e qualidade de vida dos adultos mais velhos institucionalizados, contribuindo para um ambiente mais estimulante e sustentável nas instituições de saúde.
Referências
Backhaus, R., Verbeek, H., van Rossum, E., Capezuti, E., & Hamers, J. P. H. (2014). Nurse staffing impact on quality of care in nursing homes: A systematic review of longitudinal studies. Journal of the American Medical Directors Association, 15(6), 383–393. https://doi.org/10.1016/j.jamda.2013.12.080
Basińska-Zych, A., & Springer, A. (2021). Organizational and Individual Outcomes of Health Promotion Strategies—A Review of Empirical Research. International Journal of Environmental Research and Public Health, 18(2), 383. https://doi.org/10.3390/ijerph18020383
Bull, F. C., Al-Ansari, S. S., Biddle, S., Borodulin, K., Buman, M. P., Cardon, G., Carty, C., Chaput, J.-P., Chastin, S., Chou, R., Dempsey, P. C., DiPietro, L., Ekelund, U., Firth, J., Friedenreich, C. M., Garcia, L., Gichu, M., Jago, R., Katzmarzyk, P. T., … Willumsen, J. F. (2020). World Health Organization 2020 guidelines on physical activity and sedentary behaviour. British Journal of Sports Medicine, 54(24), Artigo 24. https://doi.org/10.1136/bjsports-2020-102955
Doetsch, J., Pilot, E., Santana, P., & Krafft, T. (2017). Potential barriers in healthcare access of the elderly population influenced by the economic crisis and the troika agreement: A qualitative case study in Lisbon, Portugal. International Journal for Equity in Health, 16, 17. https://doi.org/10.1186/s12939-017-0679-7
Mills, P., Kessler, R., Cooper, J., & Sullivan, S. (2007). Impact of a Health Promotion Program on Employee Health Risks and Work Productivity. American journal of health promotion : AJHP, 22, 45–53. https://doi.org/10.4278/0890-1171-22.1.45
Strobach, T., & Karbach, J. (Eds.). (2016). Cognitive Training. Springer International Publishing. https://doi.org/10.1007/978-3-319-42662-4