Resumo
Enquadramento: Portugal é um dos países mais envelhecidos da Europa e do Mundo, em que as pessoas idosas, apresentam elevada carga de doença e dependência. Necessitando de apoio de um Cuidador Informal, sendo na sua globalidade familiares, que não estão preparados para prestarem este tipo de cuidados. O Estatuto do Cuidador Informal foi aprovado pela Lei n.º 100/2019 engloba um conjunto de normas que regula os direitos e deveres do cuidador e da pessoa cuidada, estabelecendo medidas de apoio. O Cuidador Informal confronta-se com um processo complexo que acarreta mudanças no quotidiano e na saúde do mesmo, potenciando sobrecarga e exaustão.
Objetivos: Identificar vulnerabilidades e fragilidades do cuidador (in)formal no envelhecimento em Portugal, após aprovação do novo estatuto de cuidador informal e mapear o conhecimento, através de revisão da literatura.
Metodologia: Revisão da literatura, segundo a metodologia da Joanna Briggs Institute, e registo do protocolo de revisão na plataforma OSF (Open Science Framework). Foram incluídos na análise 21 artigos.
Conclusão: Os Cuidadores Informais têm sobrecarga elevada e necessitam dos profissionais de saúde, por apresentarem défices de conhecimento e competências práticas que lhe permita satisfazer as necessidades da pessoa dependente, principalmente quando esse cuidador também é idoso, com características e necessidades semelhantes às dos idosos dependentes. Destaca-se a necessidade de ações educativas na capacitação da pessoa e do cuidador para a realização das atividades da vida diárias, na identificação/eliminação de barreiras arquitetónicas, na manutenção de um ambiente seguro e na monitorização da condição da pessoa com limitações.
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