Resumo
Com a concepção de diversidade ser própria do ser humano, que é diferente na própria identidade, e essa diversidade revelar-se nas nossas ideias, crenças, raça, cultura, gênero, classe, religião entre outras, este artigo traz uma discussão sobre o diálogo das diferenças no processo ensino e aprendizagem e a possível superação de discriminação e preconceitos no espaço plural e de diversidade social, a escola. O artigo é resultado de uma pesquisa bibliográfica de cunho qualitativo. Compreende-se, que o professor deve pensar as ações educativas para o aluno plural, para convivência entre identidades culturais e sociais múltiplas sob o olhar da ética da alteridade, do respeito, e dos direitos universais, em que não haja abertura para atitudes preconceituosas e excludentes em relação às mulheres, diferenças sociais, dificuldades de aprendizagem, aparências físicas, religião, orientação sexual, etnias, raças e outras diversidades. O processo ensino e aprendizagem deve desenvolver-se na concepção fraterna, em que a dignidade da pessoa humana se materializa quando os alunos se veem investidos de direitos à liberdade, vida, igualdade, privacidade e outros.
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