Impacto da Intervenção Transdisciplinar em Pessoas com Demência
pdf
XML

Palavras-chave

demência
intervenção multidisciplinar
estimulação cognitiva e física

Como Citar

Diana Carolina Faria Pestana, José Alberto Reis Brazão, Madalena Sofia Fernandes Abreu, & Sara Carina Fernandes Teixeira. (2023). Impacto da Intervenção Transdisciplinar em Pessoas com Demência. RIAGE - Revista Ibero-Americana De Gerontologia, 4. https://doi.org/10.61415/riage.100

Resumo

ste estudo deteve como objetivo caracterizar a intervenção transdisciplinar adotada em pessoas com demência, em regime de internamento e analisar os seus efeitos a nível cognitivo e físico em quatro momentos de avaliação. Foi efetuada uma avaliação inicial no período de integração (MMSE: Mini Mental State Examination e Tinett: Performance Oriented Mobility Assessment), realizada pela equipa multidisciplinar, seguida por implementação do plano individual de intervenção de estimulação cognitiva e física. Seguiram-se três momentos de reavaliação num período total de 15 meses. Um período de 3 meses (entre os dois primeiros momentos) e 6 de meses nos restantes momentos. Após o período de implementação do plano individual de intervenção, no primeiro momento de reavaliação, observam-se melhorias a nível cognitivo e físico, seguido por uma tendência de aproximação dos resultados obtidos na primeira avaliação. Observou-se uma propensão de manutenção de competências do segundo momento de reavaliação para o terceiro. Os resultados sugerem que, em média, as pessoas com demência beneficiam de uma intervenção transdisciplinar permitindo a manutenção das capacidades cognitivas e físicas durante um período de tempo de 15 meses. Adicionalmente, à melhoria observada na primeira reavaliação seguida por uma aproximação aos valores da avaliação inicial, observa-se uma tendência de manutenção de competências nos momentos seguintes. Tal realidade contraria a previsível progressão de perda de competências no envelhecimento patológico. Estes resultados traduzem-se em melhorias na sua qualidade de vida e ao nível da sua segurança.

https://doi.org/10.61415/riage.100
pdf
XML

Referências

Alzheimer Disease International. (2015). World Alzheimer Report 2015: The global impact of dementia. An analysis of prevalence, incidence, cost, and trends. ADI.

Barreto, J. (2005). Os sinais da doença e sua evolução. In A. C. Caldas & A. Mendonça-Brito (Orgs.), A doença de Alzheimer e outras demências em Portugal (pp. 61-76). Lidel – Edições Técnicas.

Carvalho, Á. A. D., Mateus, P., Nogueira, P. J., Farinha, C. S., Oliveira, A. L., Alves, M. I., & Martins, J. (2016). Portugal Saúde Mental em Números, 2015 (pp. 5-113).

Castro-Caldas, A., & Mendonça, A. D. (2005). A doença de Alzheimer e outras demências em Portugal. Lidel - Edições Técnicas, Lda.

Chen, J., Duan, Y., Li, H., Lu, L., Liu, J., & Tang, C. (2019). Different durations of cognitive stimulation therapy for Alzheimer's disease: A systematic review and meta-analysis. Clinical Interventions in Aging, 14, 1243-1254. https://doi.org/10.2147/CIA.S217104

Cummings, J. L., & Cole, G. (2002). Alzheimer disease. JAMA, 287(18), 2335-2338. https://doi.org/10.1001/jama.287.18.2335

Guerreiro, M., Silva, A. P., Botelho, M., Leitão, O., Castro-Caldas, A., & Garcia, C. (1994). Adaptação à população portuguesa da tradução do Mini Mental State Examination. Revista Portuguesa de Neurologia, 1, 9-10.

Durães, R. R., Dos Santos, J. L. P., Martins, K. S., Pestana, P. R. M., Lopes, J. V. N., Fagundes, P. T. M., & de Souza Fonseca, B. H. (2023). Fatores associados aos riscos de quedas em idosos. Revista Multidisciplinar em Saúde, 4(2), 29-36. https://doi.org/10.51161/integrar/rems/3688

Ferreira, M. J. R., Rodrigues, J. A., Rezende, A. E. S., Pereira, A. C. M. S., Lemos, L. R., Cunha, L. A., & Damázio, L. C. M. (2023). Fatores de risco intrínsecos para quedas entre idosos institucionalizados. Acta Fisiátrica, 30(2), 73-80. https://doi.org/10.5935/1678-0366.20230012

Folstein, M. F., Folstein, S. E., & McHugh, P. R. (1975). Mini-Mental State: A practical method for grading the cognitive state of patients for the clinician. Journal of Psychiatric Research, 12(3), 189-198. https://doi.org/10.1016/0022-3956(75)90026-6

Freitas, S., Simões, M. R., Alves, L., & Santana, I. (2014). The relevance of sociodemographic and health variables on MMSE normative data. Applied Neuropsychology: Adults. Advance online publication. https://doi.org/10.1080/09084282.2014.922788

Glisoi, S. F. D. N., Silva, T. M. V. D., & Galduróz, R. F. (2021). Variáveis psicomotoras, cognitivas e funcionais em idosas saudáveis e com doença de Alzheimer. Fisioterapia e Pesquisa, 28, 39-48. https://doi.org/10.1590/1809-2950/20013128012021

Hoyer, W. J., & Verhaeghen, P. (2006). Memory aging. In J. E. Birren & K. W. Schaie (Eds.), Handbook of the psychology of aging (pp. 209–232). Elsevier.

Keleman, A. A., Nicosia, J., Bollinger, R. M., Wisch, J. K., Hassenstab, J., Morris, J. C., & Stark, S. L. (2023). Precipitating mechanisms of falls in preclinical Alzheimer’s disease. Journal of Alzheimer's Disease Reports. Advance online publication. https://doi.org/10.3233/AD-220265

Loewenstein, D. A., Acevedo, A., Czaja, S. J., & Duara, R. (2004). Cognitive rehabilitation of mildly impaired Alzheimer disease patients on cholinesterase inhibitors. The American Journal of Geriatric Psychiatry, 12(4), 395-402. https://doi.org/10.1176/appi.ajgp.12.4.395

Morais, A., Santos, S., & Lebre, P. (2017). Psychomotor, functional, and cognitive profiles in older people with and without dementia: What connections? Dementia, 18(4), 1538-1553. https://doi.org/10.1177/1471301216636978

Oki, M., Matsumoto, M., Yoshikawa, Y., Fukushima, M., Nagasawa, A., Takakura, T., & Suzuki, Y. (2021). Risk factors for falls in patients with Alzheimer disease: A retrospective study of balance, cognition, and visuospatial ability. Dementia and Geriatric Cognitive Disorders Extra, 11(1), 58-63. https://doi.org/10.1159/000514285

Organização Mundial da Saúde - OMS. (2017). Global action plan on the public health response to dementia 2017-2025. World Health Organization.

Paula, J. G. F. D., Gonçalves, L. H. T., Nogueira, L. M. V., & Delage, P. E. G. A. (2020). Correlação entre independência funcional e risco de quedas em idosos de três instituições de longa permanência. Revista da Escola de Enfermagem da USP, 54, e3601. https://doi.org/10.1590/s1980-220x2019045603601

Pereira, A. G., Sousa, I., Sobral, M., Nunes, S. V. M., & Santos, M. (2020). Intervenção psicológica em gerontologia (1st ed.). PACTOR – Edições de Ciências Sociais, Forenses e da Educação. http://id.bnportugal.gov.pt/bib/bibnacional/2059678

Petiz, E. M. (2002). A actividade física, equilíbrio e quedas: Um estudo em idosos institucionalizados (Master’s thesis, Faculdade de Ciências do Desporto e de Educação Física da Universidade do Porto). Unpublished.

Rodriguez, F. S., Jackson, J., Ware, C., Churchyard, R., & Hanseeuw, B. (2020). Interdisciplinary and transdisciplinary perspectives: On the road to a holistic approach to dementia prevention and care. Journal of Alzheimer's Disease Reports, 4(1), 39-48. https://doi.org/10.3233/ADR-200244

Sequeira, C. (2018). Cuidar de idosos com dependência física e mental (2nd ed.). Lidel.

Santana, I., Farinha, F., Freitas, S., Rodrigues, V., & Carvalho, Á. (2015). Epidemiologia da demência e da doença de Alzheimer em Portugal: Estimativas da prevalência e dos encargos financeiros com a medicação. Acta Médica Portuguesa, 28(2), 182-188. https://doi.org/10.20344/amp.5700

Tinetti, M. E. (1986). Performance-oriented assessment of mobility problems in elderly patients. Journal of the American Geriatrics Society, 34, 119-126. https://doi.org/10.1111/j.1532-5415.1986.tb05480.x

Thrivikraman, S. K., & Dev, G. (2022). Role of community health workers as trans-disciplinary models for decreasing the impact of dementia on care partners of persons suffering from dementia: A scoping review. Journal of Geriatric Care and Research, 9(2). https://doi.org/10.22370/jgcr.2022.09.02.125

Tornero-Quiñones, I., Sáez-Padilla, J., Espina Díaz, A., Abad Robles, M. T., & Sierra Robles, Á. (2020). Functional ability, frailty, and risk of falls in the elderly: Relations with autonomy in daily living. International Journal of Environmental Research and Public Health, 17(3), 1006. https://doi.org/10.3390/ijerph17031006

Zucchella, C., Sinforiani, E., Tamburin, S., Federico, A., Mantovani, E., Bernini, S., & Bartolo, M. (2018). The multidisciplinary approach to Alzheimer's disease and dementia: A narrative review of non-pharmacological treatment. Frontiers in Neurology, 9, 1058. https://doi.org/10.3389/fneur.2018.01058

Downloads

Não há dados estatísticos.